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  • Foto do escritorKelly Rossi

A Autoestrada - resenha


Título Original - Roadwork

Autor - Stephen King (como Richard Bachman)

Nacionalidade - Norte-americano

Editora - Suma de Letras

Gênero - Suspense psicológico

Páginas - 304

Ano - 2009

ISBN - 9788560280384

Classificação - ⭐⭐⭐⭐


Sinopse (orelha) - "O ano é 1973, época de inquietação política e social nos Estados Unidos, da Guerra do Vietnã e do governo Nixon. Para Barton George Dawes, ou Bart, funcionário de uma lavanderia num rincão do Meio-Oeste, a inquietação é de ordem mais pessoal. Seu casamento não vai nada bem. A morte de seu filho, em função de um tumor inoperável no cérebro, deixou marcas profundas tanto no relacionamento quanto na atitude de Bart, apegado como nunca às suas memórias.

É, portanto, a pior hora possível para que algo venha a afetar sua vida, muito menos algo como o novo traçado de uma autoestrada. Mas é o que ocorre: Bart é informado de que tanto a sua casa quanto a lavanderia vão ser desapropriadas para dar passagem à pista da rodovia. Seu equilíbrio psicológico já precário é abalado de vez, assim como o relacionamento com a esposa, que não entende por que Bart não aceita vender logo a casa e decide ir embora.

Para ele, tudo é questão de princípios. São as suas memórias, a sua história, a sua vida, e não pretende deixar que estrada nenhuma passe por cima delas. De cidadão comum, Bart passa a ser uma ameaça ambulante à comunidade. Sabotagem, explosivos, armas: nada é excessivo em sua busca pelo que entende como justiça e respeito. E quem estiver em seu caminho terá de pagar o preço."



VOCÊ SABE A DIFERENÇA ENTRE PSEUDÔNIMO E HETERÔNIMO?


Enquanto pseudônimo acontece quando um escritor cria um nome diferente para assinar seus trabalhos, o heterônimo é muito mais que apenas uma identificação, é uma personalidade imaginária, com biografia e características próprias, individuais, diferentes das do escritor que o criou.


Mas por que autores usam pseudônimos ou heterônimos? Existem várias razões. Entre elas, podemos destacar: casos em que o autor quer arriscar um novo estilo de escrita, mas, ainda sim, quer preservar a imagem já criada de seu verdadeiro nome; muitas mulheres publicaram suas obras com pseudônimo masculino para evitar recusa no mercado literário; e, também, quando se trata de gêneros com faixa-etária muito distintas existe uma necessidade social que pede essa diferenciação.


No caso de Stephen King, ele criou o heterônimo de Richard Bachman. Bachman tinha toda uma vida imaginada pelo King, tinha uma profissão, esposa, costumes e gostos singulares. Para King, o Bachman era "uma criação ficcional que se tornou mais real a cada livro publicado com seu nome."


"A Autoestrada" foi publicada pela primeira vez por Richard Bachman, e no final dessa minha edição que é de 2009, o King nos conta a importância de ser Bachman. Ele abre o coração e, com seu jeito único de contador de histórias, desabafa de forma espetacular. Separei um trecho que achei formidável: "HÁ NA MAIORIA DE NÓS UM LUGAR EM QUE A CHUVA É MUITO CONSTANTE, AS SOMBRAS SÃO SEMPRE GRANDES E OS BOSQUES SÃO REPLETOS DE MONSTROS. É BOM DISPOR DE UMA VOZ EM QUE SEJA POSSÍVEL ARTICULAR OS HORRORES DESSE LUGAR E DESCREVER PARCIALMENTE SUA GEOGRAFIA, SEM NEGAR O SOL E A CLARIDADE QUE ENCHEM UMA PARTE MUITO GRANDE DE NOSSA VIDA COMUM."


Depois de falar tudo isso, ainda preciso comentar sobre esse livro. Prometo (tentar) ser sucinta. 😆


A história se passa entre o fim de 1973 e início de 1974, em uma época de turbulência política e social nos Estados Unidos. Nixon era o presidente na época, e uma das formas que ele e seus governantes encontraram para distrair a população das atribulações do momento, principalmente aquelas causadas pela Guerra do Vietnã, foi fazer mudanças desnecessárias na infraestrutura de algumas cidades.


Uma dessas construções era a autoestrada que passava pelo Centro-Oeste dos Estados Unidos, justamente pela cidade onde Bart Dawes se estabeleceu. Bart é nosso protagonista, ele já vem passando por maus bocados, perdeu seu filho precocemente, está com o casamento por um fio, e para fechar, recebe a notícia que a lavanderia onde ele trabalha e sua casa serão desapropriadas pelo governo. Precisam de espaço para a "necessária" autoestrada, não é mesmo?


Para Bart, tudo é questão de princípios, ele não consegue aceitar sua situação e vai lutar com todas as armas possíveis por justiça.


Muitas pessoas não gostam desse livro, mas foi uma ótima leitura para mim, mergulhei em todas as camadas desse personagem tão sofrido e arrasado em todos os sentidos.


Várias e várias vezes eu me sinto tão impotente com certas coisas que vejo acontecendo no nosso governo, que não teve como eu não me colocar no lugar do Bart. Concordo que ele foi bem extremo em suas ações, mas quem nunca ficou com uma vontadezinha de explodir a coisa toda?


"QUANDO A GENTE FAZ AS COISAS E NÃO CONSEGUE EXPLICÁ-LAS,[...] TALVEZ NÃO TENHA PROBLEMA PORQUE AS FAZEMOS ASSIM MESMO. MAS SE A GENTE DECIDE NÃO FAZÊ-LAS, DEVERIA SABER POR QUÊ."


É isso gente, juro que tentei escrever pouco. 😆



Beijos, um ótimo voo a todos e até a próxima! 📚❤




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