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O Imitador de Homens - resenha


Título Original - Mockingbird

Autor - Walter Trevis

Nacionalidade - Norte-americano

Tradução - Alexandre Barbosa de Souza

Editora - Rádio Londres

Gênero - Ficção Científica/Distopia

Páginas - 288

Ano - 2020

ISBN - 9788567861319

Classificação - ⭐⭐⭐⭐⭐❤


Sinopse - "O futuro é um lugar sombrio no qual a população mundial está à beira da extinção; apenas os robôs tomam todas as decisões, a família foi abolida, a convivência é proibida e os poucos sobreviventes vagam pelas ruas dopados e mantidos calmos por coquetéis de psicofármacos e antidepressivos. Trata-se de um mundo sem arte, sem livros e sem crianças, um mundo no qual as pessoas preferem ser queimadas vivas a suportar a própria existência. Nesse contexto, Spofforth, um sofisticadíssimo androide de última geração que almeja o suicídio e é impedido pelo software com que foi programado, é o símbolo e o guardião do status quo. Sua existência se entrelaça com a de Paul Bentley, um professor universitário que, acidentalmente, redescobre a leitura e os livros, os quais lhe dão a chance de aprender sobre a existência de um passado e lhe mostram a possibilidade de mudar; e com a de Mary Lou, que, desde pequena, se recusa a tomar remédios, com o objetivo de manter os olhos bem abertos diante da realidade."


"LER É ÍNTIMO DEMAIS. LER VAI COLOCÁ-LO MUITO PERTO DOS SENTIMENTOS E DAS IDEIAS DOS OUTROS. VAI PERTURBÁ-LO E CONFUNDI-LO."


"O Imitador de Homens" ressignifica a relação entre homens e livros como a única possibilidade de liberdade e encontro da essência humana.


O autor criou um universo sintético com uma sociedade com humanos quase extintos e substituídos por robôs. A maior parte da história se passa em Nova York, e conforme a leitura avança, é possível perceber que a Terra está devastada, um verdadeiro apocalipse tecnológico que foi se infiltrando aos poucos, de forma silenciosa.


Bob Spofforth, um robô de última geração, representa paralelamente a desumanização extrema e a quebra da engenharia perfeita. Em toda sua frieza, ele é dotado de sentimentos humanos e tenta suicídio repetidamente, mas é impedido pelo software. Quando encontra Paul Bentley, um humano, especialista em leitura que aprendeu a ler sozinho nessa sociedade sem leitores, Spofforth apresenta muitas contradições, escancarando ainda mais sua personalidade robótica complexa.


"SER AMIGO ERA ISSO. ALGUÉM COM QUEM VOCÊ FICAVA MAIS TEMPO DO QUE UMA PESSOA DEVERIA FICAR COM OUTRA."


Paul Bentley é um sonhador. Quando ele encontra Mary Lou, uma rebelde que opta pela realidade dura e prefere os animais às máquinas, desperta seu lado incorfomado e incompleto, os dois são incapazes de aceitar o que lhes é dado e estão dispostos a romper com o status quo.


"O QUE MAIS GOSTO É DA ESTRANHA SENSAÇÃO QUE TENHO NOS PELINHOS DA MINHA NUCA QUANDO LEIO CERTAS FRASES."


Esse livro é muito rico, aborda uma infinidade de tópicos que podem ser debatidos por horas, mas acho que o que mais mexeu comigo foi a insustenbalidade de um mundo vazio, imaginar-me vivendo em um lugar totalmente desprovido de qualquer arte é triste demais.


"AQUILO QUE EU QUERIA, AQUILO PELO QUAL EU ANSIAVA DESDE AQUELE TEMPO, ERA SER AMADO. E AMAR. E ELES NÃO HAVIAM SEQUER ME ENSINADO ESSA PALAVRA."


Se você já leu "1984" e "Admirável Mundo Novo", vai encontrar várias semelhanças nesse livro. Mas também vai perceber uma diferença gritante: "O Imitador de Homens" transmite esperança. Eu amei tanto isso. O livro todo é incrível, mas o desfecho é espetacular.



"ELE ESTAVA COMEÇANDO A DESCOBRIR QUE, DENTRO DE SI, EM ALGUM LUGAR, HAVIA UMA VIDA ENTERRADA, UMA VIDA DE SENTIMENTOS."



Recomendo muitíssimo!💖💖💖


Beijos, um ótimo voo a todos e até a próxima!📚💖




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