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Cem anos de solidão - resenha

Foto do escritor: Kelly RossiKelly Rossi

Título Original - Cien años de soledad

Autor - Gabriel García Márquez

Nacionalidade - Colombiano

Tradução - Eric Nepomuceno

Editora - Record

Gênero - Realismo mágico

Páginas - 432

Ano - 2019

ISBN - 9788501110367

Classificação - ⭐⭐⭐⭐⭐❤️


Sinopse - "Em Cem anos de solidão, um dos maiores clássicos da literatura, o prestigiado autor narra a incrível e triste história dos Buendía - a estirpe de solitários para a qual não será dada “uma segunda oportunidade sobre a terra” e apresenta o maravilhoso universo da fictícia Macondo, onde se passa o romance. É lá que acompanhamos diversas gerações dessa família, assim como a ascensão e a queda do vilarejo. Para além dos artifícios técnicos e das influências literárias que transbordam do livro, ainda vemos em suas páginas o que por muitos é considerado uma autêntica enciclopédia do imaginário, num estilo que consagrou o colombiano como um dos maiores autores do século XX.

Em nenhum outro livro García Márquez empenhou-se tanto para alcançar o tom com que sua avó materna lhe contava os episódios mais fantásticos sem alterar um só traço do rosto. Assim, ao mesmo tempo em que a incrível e triste história dos Buendía pode ser entendida como uma autêntica enciclopédia do imaginário, ela é narrada de modo a parecer que tudo faz parte da mais banal das realidades.

Gabo, apelido de Gabriel García Márquez, costumava dizer que todo grande escritor está sempre escrevendo o mesmo livro. “E qual seria o seu?”, perguntaram-lhe. “O livro da solidão”, foi a resposta. Apesar disso, ele não considerava Cem anos sua melhor obra (gostava demais de O outono do patriarca). O que importa? O certo é que nenhum outro romance resume tão completamente o formidável talento deste contador de histórias de solitários - que se espalham e se espalharão por muito mais de cem anos pelas Macondos de todo o mundo."


🍂 "Quando ela entrava na casa, alegre, indiferente, desaforada, ele não precisava fazer nenhum esforço para dissimular sua tensão, porque aquela mulher, cujo riso explosivo espantava as pombas, não tinha nada a ver com o poder invisível que o ensinava a respirar para dentro e controlar as batidas do coração, e tinha permitido a ele entender por que os homens têm medo da morte."


Nunca mais vou olhar para uma formiga vermelha ou uma borboleta amarela da mesma forma. Sofremos esses riscos quando lemos Gabriel García Márquez. O risco de sermos transformados para sempre.


🐜 "O tempo também sofria tropeços e acidentes."


A magia dessa história reside na simplicidade. O processo de leitura é natural, não há adrenalina induzida artificialmente ao virar uma página após a outra. É divertido de um jeito único, especial e inesquecível. É daquelas leituras que paramos no meio da página, olhamos para o nada por alguns minutos e depois voltamos a ler. É um livro que se completa como um quebra-cabeça e quando viramos a última página, sentimos aquela completude e a certeza que ainda voltaremos e reviveremos cada personagem, cada detalhe e cada epifania dessa narrativa mágica.


🍂 "Extraviado na solidão de seu imenso poder, começou a perder o rumo."


"Cem anos de solidão" me fisgou desde a primeira linha. Nem por um momento me distraí, apesar de mergulhar na solidão de cada personagem, não me senti sozinha! Fiquei irresistivelmente atraída pela cacofonia de pessoas, destinos, acontecimentos...


🍂 "Os filhos herdam as loucuras dos pais."


Neste livro, o escritor cobriu tudo no mundo de ponta a ponta! Todos os sentimentos, todos os pecados, todas as esperanças e medos! Absorvendo as últimas páginas, sei que li uma história que vai deixar imagens impressas em mim!


🐜 "Na verdade não se importava com a morte mas com a vida, e por isso a sensação que sentiu quando pronunciaram a sentença não foi uma sensação de medo e sim de nostalgia."


Deixo aqui um conselho para quem ainda não se aventurou por Macondo:


  • não se preocupe com a árvore genealógica dos Buendía;

  • não se apegue aos nomes repetidos das personagens;

  • não tente pensar demais nem fazer ligações na história;

  • apenas leia, sinta as palavras e divirta-se com os acontecimentos.


Creio que a confusão que muitos fazem com os nomes presentes na narrativa foi criada deliberadamente, pouco importa sobre qual Aureliano, Remédios, José Arcádio, Amaranta ou qual Úrsula o autor se refere em cada caso. A intenção é clara - mostrar a repetição dos destinos, os ciclos e as voltas que a vida dá. Gabo não procurou confundir nem dar nós, pelo contrário - tudo fica bem claro desde o início, só que estamos acostumados a procurar túneis mágicos e senhas confusas. Só deixe a leitura guiar você, porque a criatividade do autor sela nossa mente como uma fita fotográfica cheia de imagens distintas e bizarras e seu realismo mágico salta das páginas e enche nossos olhos de forma assustadora.


🐜 "Morrer é muito mais difícil do que a gente acha."


Obrigada, Gabo, por mais esse encanto!


🍂 "A gente não morre quando deve, mas quando pode."



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2 comentários


Luiz Antonio Ferreira Andrade
Luiz Antonio Ferreira Andrade
14 de fev.

Amei a resenha

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Kelly Rossi
Kelly Rossi
15 de fev.
Respondendo a

Obrigada, fico feliz!

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