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  • Foto do escritorKelly Rossi

Frankenstein - resenha


Título Original - Frankenstein, or The modern Prometheus

Autora - Mary Shelley

Nacionalidade - Britânica

Tradução - Santiago Nazarian

Tradução dos anexos - Bruno Gambarotto

Editora - Zahar

Gênero - Horror, ficção gótica

Páginas - 248

Ano - 2017

ISBN - 9788537816547

Classificação - ⭐⭐⭐⭐⭐


Sinopse - "Frankenstein é sem dúvida a mais famosa história de horror de todos os tempos. É também um ensaio sobre a prepotência humana e solidão em sociedade. Tomado pela ideia de dar vida à matéria inanimada, o cientista Victor Frankenstein constrói um ser monstruoso a partir de restos humanos - mas, quando enfim alcança o resultado pretendido, foge de sua própria criação! Abandonada e fadada ao desterro e à refeição, a criatura passa a perseguir o cientista e, depois, a buscar vingança."


"O TRABALHO DE HOMENS GENIAIS, MESMO QUE ERRONEAMENTE DIRECIONADO, RARAMENTE DEIXA DE UM DIA TORNAR-SE UM BENEFÍCIO SÓLIDO À HUMANIDADE."


O homem moderno deseja controlar a natureza através do uso da ciência, mas quais podem ser as consequências desse feito quando usado em desmedida?


"NADA CONTRIBUI TANTO PARA TRANQUILIZAR A MENTE COMO UM PROPÓSITO FIRME."


Frankenstein é um clássico da Literatura Regencial e um marco da ficção científica, além de um romance gótico muito importante.


A vida da autora Mary Shelley foi rodeada de perdas, culpa e rejeição, e tudo isso também pode ser encontrado em sua obra "Frankenstein ou o Prometeu Moderno".


"QUÃO PERIGOSA É A AQUISIÇÃO DE CONHECIMENTO E QUÃO MAIS FELIZ É O HOMEM QUE CRÊ QUE SUA VILA NATAL É O MUNDO, DO QUE AQUELE QUE ASPIRA TORNAR-SE MAIOR DO QUE SUA NATUREZA PERMITE."


Victor Frankenstein é fascinado pela ciência desde pequeno. Ele estuda muito e em um determinado momento, ele quer colocar seus estudos em prática. Seu objetivo principal é montar e criar um ser humano magnífico.

Preste atenção neste detalhe, repito: Frankenstein não quer apenas dar vida a algum ser humano, não, ele quer montá-lo do seu jeito e só depois trazê-lo a vida. É então que ele se isola para cumprir seu propósito. A criatura é montada com vários pedaços de corpos diferentes, todos selecionados a dedo com a condição de serem os melhores e mais belos (se é que isso era possível).

Ao concluir seu experimento, a satisfação de Frankenstein se esvai na mesma hora em que o produto de seu trabalho e dedicação abre os olhos. É nessa hora que Frankenstein percebe a grande besteira que fez e seus problemas começam.


"O MUNDO ERA PARA MIM UM SEGREDO QUE EU DESEJAVA DECIFRAR. ENTRE AS MAIS ANTIGAS SENSAÇÕES DE QUE POSSO ME LEMBRAR ESTÃO A CURIOSIDADE, A PESQUISA DEDICADA PARA APRENDER AS LEIS OCULTAS DA NATUREZA E UMA FELICIDADE EQUIVALENTE AO JÚBILO QUANDO ELAS SE REVELAVAM A MIM."


O grande fio condutor nessa história é a solidão. Em um determinado momento, a própria criatura narra sua história e eu achei uma das partes mais emocionantes do livro. É impossível não refletir sobre os limites da ciência.


"É PRECISO CONTINUAR NOSSO CURSO COM OS DEMAIS E APRENDER A NOS CONSIDERARMOS AFORTUNADOS ENQUANTO AINDA RESTAR ALGUÉM QUE A RUÍNA NÃO TENHA NOS TOMADO."


Eu adorei conhecer esse livro, em certas passagens eu senti falta de mais aprofundamento, mas não podia esquecer que toda a história foi narrada por cartas, esse é um romance epistolar que pode ser considerado um grande telefone sem fio, e isso pode explicar algumas inconsistências no enredo, mas nada que atrapalhe ou tire seu brilho.


"POIS A TRISTEZA EXCESSIVA IMPEDE O DESENVOLVIMENTO, O PRAZER OU MESMO A DESCARGA DA UTILIDADE DIÁRIA, SEM A QUAL NENHUM HOMEM SERVE À SOCIEDADE."


Mary Shelley conseguiu imbuir em seu romance a decadência humana e o rompimento do homem com Deus através da ciência. Assim como no mito Prometeu, em "Frankenstein" é possível perceber a dor, a condenação e o exílio. O mais interessante é que não é a criatura que recebe a denominação de prometeu moderno, mas seu criador, Frankenstein. Muitas vezes chamamos, erroneamente, a criatura pelo nome de seu criador. Mas será que é errado fundir criador e criatura uma vez que são peça única desse artifício científico?


"OH, QUE NATUREZA ESTRANHA É O CONHECIMENTO! UMA VEZ QUE ALCANÇA A MENTE, SE PRENDE A ELA COMO LIMO NA ROCHA."



Já leu esse clássico? Tem vontade de ler? Espero vocês nos comentários.




Beijos, um ótimo voo a todos e até a próxima!📚❤


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