Título - Eu sou Malala: a história da garota que defendeu o direito à educação e foi baleada pelo Talibã
Autores - Malala Yousafzai com Cristina Lamb
Tradutores - Caroline Chang, Denise Bottmann, George Schlesinger e Luciano Vieira Machado
Editora - Companhia das Letras
Local - São Paulo, 2013, 1ª Ed., 342 p.
Classificação - ⭐⭐⭐⭐⭐💖
Sinopse (contracapa)
"Quando o Talibã tomou controle do vale do Swat, uma menina levantou a voz. Malala Yousafzai recusou-se a permanecer em silêncio e lutou por seu direito à educação. Mas em 9 de outubro de 2012 ela quase pagou por isso com sua vida. Malala foi atingida na cabeça por um tiro à queima-roupa dentro do ônibus enquanto voltava da escola. Poucos acreditaram que ela sobreviveria.
A recuperação milagrosa de Malala a levou em uma viagem extraordinária de um vale remoto no norte do Paquistão para os salões das Nações Unidas em Nova York. Aos dezesseis anos, ela se tornou um símbolo global de protesto pacífico e em 2014 tornou-se a mais jovem vencedora da história do prêmio Nobel da paz."
"Eu sou Malala" conta a história de uma menina que nasceu e cresceu no Paquistão. Um país de maioria muçulmana e com uma cultura muito distinta da nossa.
Muçulmanos – são pessoas que seguem o Islamismo (também chamado de Islão ou Islã), uma religião monoteísta articulada pelo Alcorão (ou Corão), um livro considerado pelos seus seguidores como a palavra literal de Deus (Alá em árabe) e pelos ensinamentos e exemplos normativos de Maomé (o último profeta de Deus).
Os conceitos e as práticas religiosas incluem a fé, a oração, a caridade, o jejum e a peregrinação (cinco pilares do islã), que são conceitos e atos básicos e obrigatórios de culto, e a prática da lei islâmica, que atinge praticamente todos os aspectos da vida e da sociedade, fornecendo orientação sobre temas variados, como sistema bancário e bem estar, à guerra e ao meio ambiente.
Malala descreve sua paixão pelo Vale do Swat, em Mingora, no Paquistão, e apresenta seus amigos e familiares.
Ziauddin, pai de Malala, é um homem especial, ele valoriza as mulheres de sua vida, diferente de muitos outros homens de sua cultura. Para Ziauddin, Malala é perfeita, se apaixonou por ela desde a primeira vez que a viu, e não se importava que ela não era um menino.
Quando Malala nasceu, Ziauddin dizia as pessoas que sabia que havia algo diferente em sua criança, e também afirmava que sua filha seria livre.
Isso parece algo tão normal, não!?
Não para eles, orgulhosos pachtuns! Para eles não é nada normal, pois as mulheres são criadas apenas para servirem aos filhos e aos maridos. Cozinhar e procriar são suas obrigações. As mulheres tomam chá puro, pois chá com leite só é permitido aos homens. As mulheres são privadas do direito ao voto e do direito à educação. E não podem sair de casa sozinhas, apenas acompanhadas por um homem da família, mesmo que este "homem" tenha apenas 5 anos de idade.
Pachtuns – caracterizam-se pela sua língua (o pachto), pelo seu código de honra religioso pré-islâmico e pela prática do islamismo.
Claro que nem todos os muçulmanos concordam com todos os tabus estabelecidos, mas é difícil mudar algo já tão enraizado.
Por isso considero Ziauddin uma peça chave nesta história! Começou sua vida muito pobre, mas ele já sabia que a educação é muito importante. Seu sonho sempre foi construir uma escola e ele conseguiu, fez uma escola para meninos e meninas. :D
Tor Pekai, mãe de Malala, é uma mulher muito religiosa, não foi alfabetizada, mas encantou Ziauddin com sua beleza. O Amor entre Ziauddin e Tor Pekai é de tirar o fôlego! Diferente de outros casais pachtuns, eles conversam sobre tudo sem segredos e resolvem seus problemas juntos. E apesar de todas as dificuldades, a união só cresce.
O livro nos mostra, através dos olhos de uma menina, a invasão do Talibã ao Paquistão, Malala relata seus medos e aflições, suas dúvidas e anseios. "Eu sou Malala" nos deixa perplexos em várias passagens, e nos causa admiração em muitas outras.
Talibã – é um movimento fundamentalista islâmico nacionalista que se difundiu no Paquistão e, sobretudo, no Afeganistão, a partir de 1994.
É considerado uma organização terrorista pela Rússia, pela União Europeia e pelos Estados Unidos.
Eu sempre leio em jornais e revistas sobre as guerras territoriais e religiosas, e sobre conflitos do Talibã e/ou do Estado Islâmico. Mas o livro me deu outra perspectiva, uma visão de dentro da cultura, de alguém envolvida e apaixonada por sua nação. Amei o livro por isso.
E me apaixonei por Malala e sua família! Acredito que a família é a base de tudo! E para Malala não foi diferente... Uma garota encantadora, bonita, articulada, inteligente, determinada e destemida. Lutou e luta pelos direitos de todos à educação. Quem não se apaixonaria!? rs...
Conheça mais sobre a missão de Malala em malalafund.org
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