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Foto do escritorKelly Rossi

Canções de Aretaeus - Resenha

Atualizado: 26 de fev. de 2020


Título - Canções de Aretaeus Autor - Agmar Raimundo Editora - Viseu Páginas - 226 Ano - 2018 ASIN - B07D38YHV6 Classificação - ⭐⭐⭐⭐



Sinopse


"Canções de Aretaeus é uma obra dividida em duas partes ou dois lados, procura entender um pouco da genealogia humana e a matriz da Sociedade.

Através do amor, do sexo, da bebida, com alguns elementos góticos, outros contemporâneos, o próprio autor diz que seus textos são como surtos psicóticos. Tenta mostrar ao leitor vivências baseadas na verdade e na liberdade.

Na segunda parte do livro, muda-se o tipo de linguagem, pois seu escopo é a sociedade e sua matriz. Surgirão temas ligados à discriminação, política, sociedade e questões mundiais. Aqui, desaparece por completo o assunto Liberdade e o papel burocrático e falido da sociedade ganha força de discussão.

Como num disco de vinil, Canções de Aretaeus, tenta reproduzir para o mundo da literatura a experiência nostálgica de uma obra conceitual."


"Nós somos loucos e só nós podemos ter certeza disso! a sociedade é normal e por isso, rimos..."

Esse livro me fez encarar o inverso de vários temas, o lado gótico da sociedade e o normal da loucura. Afinal, quem não é um pouco louco?!


Logo na primeira parte da obra, o autor escreve com impudência sobre a sua busca por liberdade e por verdade. Ao virar as páginas sentimos que estamos sentados em um barzinho tomando uma boa bebida com o autor e trocando ideias. Nada é imposto! Não precisamos concordar com o que está escrito, é muito mais uma conversa descontraída de escritor para leitor e vice-versa.


Assim como em uma roda de amigos, o livro aborda muitos temas. Lemos. Paramos. Pensamos. Seguimos lendo.


"Simplesmente eu fui escrevendo aleatoriamente - como numa hipergrafia louca - escrevendo, escrevendo e parei como se em meus dedos corresse um "Forrest", que não parou de escrever porque cansou, mas porque achou que já estava satisfeito."

E eu me senti exatamente como os seguidores do "Forrest" se sentiram, desnorteada. Não estava preparada para terminar a leitura de repente. Quem está, neh?


A sensação de ler esse livro é muito louca! O autor escreve exatamente o que pensa, exatamente o que sente. Isso mesmo, EXATAMENTE é a palavra. Quando comecei a leitura eu fiquei pensando, "mas que p*, que cara doido ahaha...", mas as ideias colocadas em cada página são muuuito fodas! A gente tem medo só de falar tudo o que pensa, já o cara vai lá e escreve. Mas será que ele é o louco? Ou loucos somos nós? Nós que pensamos e não falamos, que pensamos e escondemos, que pensamos e temos medo até de nós mesmos...


"Não escrevo textos para criar polêmicas, crio polêmicas para enriquecer textos."

Esse livro precisa ser lido com calma, digerido aos poucos, precisa ser refletido, muitas partes são lindas, outras assustam, outras me fizeram morrer de rir. Mas o mais importante é que todas fazem a gente pensar. Se você não conhece esse livro, eu recomendo. Pegue o livro, abra uma cerveja ou um bom vinho e troque uma ideia com o autor, mas cuidado! Canções de Aretaeus acaba, e a vontade de continuar a conversa, não.



Beijos, um ótimo voo a todos e até a próxima!💖📚



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